domingo, 22 de janeiro de 2017

O amor é mesmo doido


Conheceu ele no ônibus, a conversa fluiu com facilidade, tanto que fez o caminho parecer menor. Passou tão rápido. Apertou o sinal, era seu ponto, mas antes de descer brincou com o nome dele: "parece nome de famoso. Qual seu nome completo?", ele disse rápido, porque ela estava literalmente descendo, guardou o nome completo dele até entrar na sala da faculdade. Era nome de famoso, não tinha como esquecer. 

Em casa tentava procurá-lo no facebook, minutos de pesquisa, que por fim, sem sucesso. Foi quando sua amiga que também o havia conhecido decidiu ajudar. Algumas pesquisas no Google e dale, conseguiu. Seu perfil apareceu rapidamente nos resultados. Adicionou, logo, mensagens e número de telefone foram trocadas. Na época era mensagem de texto, não existia o famoso whatsapp. 

A primeira dúvida: de quem de fato ele estava a fim? Podia ser dela ou de sua amiga. Resolveu confirmar. A resposta, clara: a morena. Conversaram o tempo inteiro durante o final de semana. Descobriu que o menino misterioso era também seu vizinho, rua da frente, coincidência, sorte da vida, talvez. Julga-se tudo que favorece.

Primeira saída, um lanche a noite, algo bem simplório. Simpático, bonito, engraçado e autêntico demais, um tanto que marcará sua vida para sempre. 3 dias depois marcaram de se encontrarem na esquina, metade do caminho, era fácil para os dois. O primeiro beijo. Aah aquele beijo. Ela mal saberia que aquele seria sua melhor referência de beijo. Teriam outros bons, claro. Ah, mas o dele...

Exatos 4 meses, talvez um dos melhores. Não tinha rodeios entre eles, ele dizia o que queria, ela ia até onde achava que deveria. O banco da esquina havia se tornado o ponto de encontro, as vezes saiam para comer, mas sempre se encontravam ali. Lembra do piercing que ele usava na boca - que coisa maravilhosa aquilo nos beijos -. O olhos grandes, tão marcantes que pareciam jabuticabas. Comparação já existente por ai. A barba sempre por fazer, como deixa-la mais louca?

Não era pra namorar, era o que ele dizia. E foi ali que ficaram, tendo o famoso lance, talvez o mais resolvido da sua vida. O momento foi aproveitado, e só havia lembranças boas, mesmo 3 anos depois. Ele? Ah, está namorando... A namorada? A cara dele. Parece que foram feitos um para o outro. O amor é mesmo uma coisa doida. Não deixa ninguém preparado, mas bate forte, chega assim, de uma hora pra outra, do nada, mas encaixa como tem que ser.

Lola